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quarta-feira, 2 de maio de 2012

é contigo.

Eu queria que todos aqui soubessem o que significa a paixão. Mas pra isso vocês teriam que comer quarenta e sete sushis em apenas um minuto. É claro que não iriam conseguir, mas a tentativa faria com que notassem a frustração interna de ter na sua frente uma quantidade horrenda, um tempo determinado e a vontade, mas não ter como ingerir. Tudo vai depender da tua fome, conforme vai sua busca interior por isso mais sushis você vai ter que tentar pra entender o que você está sentindo. Tem gente que nos dez sushis leva ouro, entende perfeitamente, rabisca o papel e mete fogo. Uma vez eu ouvi dizer que tinha um cara em um lugar distante que conseguia dezoito, eita cabeça boa. Com essa compreensão você não só entende que comer de pauzinhos é pica porque aumenta o nível de dificuldade mas também todas as vezes que você tentou e era paixão, porque a paixão é otimista, ela tenta até que você consiga. Enquanto estiver tentando estará apaixonado. Se algum dia você conseguir então não é mais paixão, é amor. Mas ai a gente teria que encarar mil e novecentos sushis só pra começar a entender o amor. É contigo. 

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Making-off do amor


E se ela fosse a garota certa?
E se eu tivesse deixada passar?
E se fosse tudo por culpa de um passo errado, tudo por causa de uma palavra mal dita, um suspiro não dado?
E se fosse tudo MINHA culpa e eu tivesse mudado toda a rota da minha vida?
A gente pode estragar o nosso destino?
Existe isso?
Ou a gente estraga porque é só nosso inconsciente desejando algo melhor?
E como a gente pode saber disso?
Aliás, tem como?
São tantas perguntas que às vezes acho que, ao invés de um coração, carrego um ponto de interrogação.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

11 de julho de 2011


Quando você sorri com esse seu jeito de menina, não resisto. Sorrio também.
Existe algo diferente em seu sorriso, me acalma, faz esqueçer tudo o que eu
insisto em lembrar.
Tem o dom de me paralisar com apenas um olhar.
O que sinto é algo diferente, confesso.
Algo ainda não nomeado. Medo? Alegria? Insegurança? Segurança?
Talvez tudo junto com um toque de Amor.
Não querendo exagerar, mas precisava falar: Você deu novos ares a quem já
não conseguia mais respirar.
-
Escrevi do fundo do coração,
teu sorriso foi fonte de inspiração.

terça-feira, 12 de julho de 2011

11 de julho de 2011

Enquanto você rir, o meu coração sofre por está longe de ti, enquanto você chora por alguém que não te ama, minha alma doi por dentro pelo fato de eu não poder dar o amor que você tanto precisa pra passar a dor que você está sentindo agora, enquanto as lágrimas cai do seu lindo rosto, eu corro pra fazer você sorrir mesmo que as vezes eu tenha esperança de ser feliz ao teu lado, enquanto você diz que somos só amigos, desejo que no fundo do meu coração sejamos mais do que amigos.

sábado, 2 de julho de 2011

Ontem, HOJE, amanhã

Fiquei pensando sobre como as coisas dão errado.
Pensei também sobre como dão certo.
E sobre como não gosto de comemorar ou comentar que está tudo bem.
Porque sempre que descanso a cabeça e suspiro por sentir que está tudo ok, alguma coisa faz tudo mudar. É a ordem natural das coisas, pelo visto.
Mas tá tudo bem, sim.
É engraçado encontrar satisfação quando a gente pensa nisso.
E é tão comum a gente procurar um problema onde não tem, ou reclamar que falta alguma coisa... Mas, no fundo, não falta quase nada.
Fiquei pensando em como eu me sinto a vontade com tudo, como se estivesse em casa.
E em todas as pessoas que me dão a mão pra me oferecer algum conforto e que se preocupam pra que eu me sinta bem.
Há uns 4 dias eu tenho ido dormir muito tarde, muito mesmo.
E não é que não exista sono, mas ficar acordado tem sido muito melhor.
Ontem a gente conversou sobre dar um passo de cada vez.
E chega a ser absurdo o quanto me conformo com o tempo que tem que passar pra tudo se encaixar.
E como a nossa vida escoa em momentos aleatórios, como nossas escolhas têm SIM uma reação lá na frente, no quanto a vida parece um quebra-cabeças...
E eu fecho os olhos com força pra conseguir desejar direitinho tudo o que preciso e torço pra que esteja tomando as decisões certas.
Eu me afastei visando só a aproximação, e essa sensação de ter tirado um elefante das costas não podia ser melhor.
Anotei no calendário que o amanhã é o mais importante e, por isso, o hoje é a prioridade.
Porque o que eu viver agora vai decidir o que está por vir.
E o que eu vivi...
Bom, não tem mais volta, mesmo. E se tá tudo bem agora, é porque alguma coisa eu fiz direito.
Pelo menos isso.

domingo, 12 de junho de 2011

Sobre Falsidade.


Ela existe em todos os meios, em todos os lugares.
Bem é muito difícil lidar com pessoas falsas, pois se prevalecem de uma
amizade, para por trás fazer o inferno na vida de alguém.

E como lidar com os falsos amigos, é saber quem são Eles e no exato
momento desmascará-los dando o desprezo que merecem.
Sim, só assim estaremos calçados contra essas pessoas falsas, sem
caráter, covardes que só sabem é trazer a discórdia.

Na comunidade onde se mora então, é terrível, pois existem muitos falsos
amigos que se dizem solidários, que por terem ajudado, alguém num
momento difícil, se acham no direito de falar, mas não querem nunca
ouvir, se acham os donos da verdade, quando nada sabem, a não ser,
destilar o veneno que lhes é peculiar.

Falso amigo é aquele que houve o que um fala e conta pro outro, isso não
é amigo, e nem gente.
A falsidade é o mal do mundo, a falta de solidariedade, também.

Os dedos das mãos não são iguais, porque seriam os amigos?

É aprendi na vida que amigo é dinheiro no bolso;
É sentar num bar e beber nesse momento, vários "amigos" aparecem, mas dê
o poder a um deles que saberás quem é;
Fique doente, que verás quantos amigos você tem;
Fique sem dinheiro, que todos aqueles que sentaram no bar com você, não
mais apareceram.

Você tem o poder de escolher seus amigos, de levar para a sua casa
somente aqueles em que você confia, que terá carinho, respeito e o
principal, cumplicidade.

Se conhece o verdadeiro amigo nas horas difíceis, nesse você pode e deve
confiar.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Eu gostaria de sentir tudo aquilo que eu não gostaria de sentir, afinal, quando eu sinto o que eu gostaria de sentir eu me isolo. Eu me isolo triste, mas eu me excito com essa tristeza, a minha tristeza me excita e por isso eu fico triste, porque eu me excito, mas eu me exito porque eu fico triste, vórtice. Hoje eu recebi uma tristeza e ela veio embrulhada toda florida, cheirosa e com o meu nome, mas o meu nome não era o meu nome, era apenas um nome, então eu abri e minhas pernas tremeram, e meu coração fez biquinho e minha erva cidreira morreu, porque no final das contas você entende que tudo, tudo é sobre você, e nada, nada ao mesmo tempo também. É difícil saber que seu comportamento muda conforme as estações do ano, mas mais dificil ainda é ver que o que você pede é o que você não pode dar e se você pede o que você não pode dar, você não pode pedir. Depois de um tempo eu parei pra pensar que na verdade eu não queria pedir nada a alguém. Eu queria eu e alguém, que visto de cima é tão eu e obviamente tão eu indeterminado, que quase sempre vira uma covardia imensa com todos os cachos de cabelo de alguém.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sem titulo.

Já faz uma semana que eu janto a mesma coisa: Saudade.
Alguns médicos dizem que é bom de verdade; coração. Outros dizem que é como comer formigas, todo mundo acha que faz bem mas não dá em nada. Eu, particularmente acredito no bem do coração, mesmo porque a saudade é pela minha mais perfeita imensidão. Imensidão, pra quem não sabe, é o nome dado a um par de terras e nuvens claras, cujo o objetivo é fazer com que você se sinta em casa e ao mesmo tempo fora dela, é o tal do equilíbrio perfeito. Outro dia desses conversando com Deus, chegamos a conclusão de que pelo menos uma vez na vida você deve amar de verdade e que aquela história de amor perfeito, ele mesmo disse que seria impossível, a perfeição é uma ilusão clichê da mente. A realidade é nua e crua. O amor, tem que ser cru, ele tem que ser principalmente nú, sem roupas, sem medo, sem tabus, somente ele e você. Falei que me achei nessa confusão toda sobre o que é viver ao lado de alguém, e que era muito difícil achar uma pessoa que você possa olhar nos olhos e ver dentro deles o seu próprio estômago. Mas que eu vi, e que depois desse dia eu me senti como o super-homem, sabe? Incrível, importante e inevitável, como se a vida tivesse tido todo o cuidado comigo e escolhido a pessoa perfeita, e eu, com meus olhos de raio laser, derrubaria o mundo que fosse contra esse amor. Hoje, eu posso garantir que comer formigas não dá em nada, mas que sentir saudade é importante porque faz com que você tenha tempo de discernir tudo o que acontece dentro de você e planejar o que poderá vir a acontecer.

(via: rsgima.tumblr)

sábado, 2 de abril de 2011

Desencontros


O destino de duas pessoas nem sempre se cruzam , ou cruzam-se e depois afastam-se .
O nosso cruzou-se , mas afastou-se . Duas pessoas podem até seguir o mesmo caminho , durante dias , semanas , meses (como nós) e até mesmo anos , mas quase nunca segue o mesmo caminho para sempre .
A vida dá voltas sabia? E num abrir e fechar de olhos , pode já nem sequer estar aí , pode estar no outro lado do planeta e no segundo a seguir estar aqui , podes estar com uma pessoa num momento e no momento a seguir já não esta , pode ainda , estar vivo agora e no momento a seguir já não estare.
Ninguém me pode garantir que eu irei acabar este texto , posso nem mesmo o publicar . Pode ser só mais um rascunho como tantos outros .
Você, que esta a ler ... não sabe se ira ler o meu texto até ao fim . Não pode saber .
A vida é um mar de encontros e desencontros , só nos desencontramos , eu vou aprender a estar sem ti ...
Sinto-me mal . Estou mal .
Não quero estar mal , nem quero sequer gostar de ti , mas ... eu amo-te .

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A Menina que morava no fim da rua


Menina linda,
Dos olhos que brilhavam oa me ver,
Menina do sorriso mais lindo,
o que mais posso querer?
Menina Sobrenatural,
Com um amor mais que especial.
Amor esse,que desejo todo dia,
Mais que de tanto pensar,
Um dia não o teria.
Esperarei essa menina,o tempo que for,
Para que um dia,
Tenha denovo seu amor.
Essa é a menina do fim da rua.
I still hope.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

ao acordar,ela ainda estava lá!


Só me dei conta do que aconteceu,
quando o sonho acabou,
minha vida tinha mudado,
e meu tempo acabado,
os sentidos tinham se perdido,
e a estrela que não havia brilhado naquela noite,
hoje brilhou,
até mais cedo do que eu esperava,
e a vida não parou...
não era o fim da estrada.

sábado, 3 de julho de 2010

Meus olhos dizem tudo


Meus olhos dizem o que sinto,
mas não dizem o que penso
Sinto o que sinto e não minto
sem perder o bom senso.

Escrevo ligeiro e sem medo
Expresso sem ter que explicar
Conto sem revelar o segredo
Que tento guardar.

Pena que nem tudo posso dizer
Assim como coisas que tenho dito,
nem tudo posso fazer.

Não temos sempre o que queremos,
nem falamos tudo que pensamos,
mas expressamos o que vivemos.

Amigo Invisível


Hoje você é um amigo invisível aos olhos,
mas seu poder de realização é intenso,
pois consegue tornar um carinho amigo
em algo sempre visível e inesquecível.
Fazendo assim, pulsar e vibrar alegremente meu coração.
Se no passar dos anos, o tempo conseguir
estas mesmas palavras do papel apagar,
tente buscá-las novamente na tela do meu olhar.
Elas com certeza, lá estarão.
Todas, sem exceção.
Prontas para serem lidas.
Ao seu pensamento permanecidas,
até o momento que você desejar.
Cuide apenas para que o mais temido,
e conhecido dos medos, chamado esquecimento,
não tente por lá passar, pois age como um vento devastador.
Que quando passa, só o que nos deixa,
são rastros de muita dor...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sonhos e Desejos


Sinto-me sozinho
Sinto sua falta ao meu lado
Quero te ter por perto
A distância nos separa
Mais nossos corações nos une
Quero te dizer que eu te amo
Quero te ter nos meus braços
Quero sentir o calor do seu corpo
Nas noites frias quero me esquentar junto a você
Quero te ver,sentir os seus lábios
Sonho cada minuto em te ter
Mais sonhar só me faz mais triste
Não quero mais sonhar com você
Quero te ter pessoalmente
Quero ter você ao meu lado todos os dias da minha vida
Não aguento mais a vontade de ter você
Quero te dar todo meu amor
Quero te fazer a pessoa mais feliz.
Se um dia te magoei,me desculpe
Foi por te amar demais
Quero estar ao seu lado em cada momento de sua vida
Quero te fazer feliz todos os dias
Mais por favor,nunca me peça pra te esqueçer
É impossivel.
Um dia vou te reencontrar
Poder dizer te amo!
Um amor que jamais irei sentir por outra pessoa,
Um sonho que durará para sempre!

sábado, 26 de junho de 2010

Você faria o mesmo pela pessoa que ama?

Era dia 7 de outubro
Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando a garota chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. ‘Aceite’, pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia. Era um garoto, chamado Bruno. Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo.
Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra.
Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho.
Era também o caso de Bruno.
O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos.
Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro.
E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’. Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor.
Eles estavam completa e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. Passaria um dia lá, pois viajaria.
Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo.
- Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você. A gente vai se reencontrar. E ai, vamos ficar juntos pra sempre.
Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.
O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir.
O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.
- Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana.
Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez. Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam.
Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada.
Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ele. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal.
- Any, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga.
- Eu sei, Marcela, mas... Ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse.
- Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga. – Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu.
Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota.
- Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim.
Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra?
Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar.
A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração.
Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano.
Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás.
Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou.
- Olha, eu tenho que conversar com você.
- Diga. – Bruno sorriu.
- Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno.
- Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra.
- Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas.
Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes clichês (n/a: eu odeio clichês), não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante.
Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto.
Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘Malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara).
- Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama.
- O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana.
A garota aprendeu a viver com a dor. Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser.
Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar.
Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo.
Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno.
Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele.Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele.
Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes. Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘Frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer.Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.
- Ah, cara... – Ana chegou se lamentando.
- Que foi, Any? – Bruno sorriu.
- Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... É difícil demais!
- Eu sei bem como é... Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos.
- Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo.
Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer.
- Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou.
- Desculpe. Você é Bruno, certo?
- Certo.
- Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo.
A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração.
Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera.
- Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça.
Ele saiu andando, saiu do hospital. Foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. Uma para os pais. Uma para Ana. E uma sobre os desejos que tinha.Ele tomou um remédio depois disso. E dormiu, lenta e serenamente, dormiu. Não acordaria mais. Quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. Estava morto. Em cima da mesa, 3 cartas. Um recado para ele: "Eu não gosto de você. Nunca vou gostar. Mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. Leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. A carta que está em cima das outras.
Após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. E quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais."
Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então. "Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. A minha hora chegou quando seu fim estava próximo.Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo.
Eu te amo !
PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"
Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento.
Ela chorou muito, e seguiu a vida. Todos os dias ela lembrava de Bruno. Viver em um mundo sem ele não fazia sentido. Mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. Ela podia sentir seu coração batendo. Ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. Mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. Que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso.
Ela sentia falta daqueles beijos. Dos beijos que foram negados. Mas ela foi feliz. Morreu com seus oitenta e tantos anos. Mas era sempre feliz. Afinal,
O coração do homem de sua vida batia dentro dela.


creditos: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=96830315